Turbilhões azuis
>> 29 de abr. de 2012
Deixei o quarto. Ganhei as ruas. Algumas, velhas conhecidas.
Nas árvores, busquei respostas e até nos frios prédios imaginei encontrar o que nem conheci ainda.
Muros intermináveis me separam do caminho. Sigo antigas intuições. Preciso de uma porta.
Tudo bem. Mas não sei para onde ir. Então, ando sem parar. O tempo passa, busco meu próprio tempo agora. Aqui, um minuto vale uma eternidade. Uma vida inteira passa num segundo.
Manhã cinza. Tempestade distante. Muita calma prá sonhar. Prá vencer é preciso entrar na cadência certa. Bossa.
O mar me sorri. Chega a tempestade. Minha mente vira sol.
Mas nada é prá já. Invento desculpas prá desistir, prisioneira da minha própria noite, que cai com toneladas de medos.
Chega de chorar.
Caso comigo e prometo ser fiel.
O turbilhão sacode, destrói, bagunça tudo.
Permaneço aqui. A tempestade me deixa.
Respiro fundo e abro os olhos. Já é dia.
Do meu lado ainda dorme o meu sonho mais bonito.
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