Penumbra

>> 21 de set. de 2011





A morte sabe ser paciente.

Se deixa ficar... preguiçosa, na cabeceira da vida.

Amanhece, anoitece. Mais uma vez. Mais outras.


Sentada ela espera... e quase chega a tecer amizade.

Confunde-se até com relacionamento, quase esquecido seu propósito.


Parece desistir quando sopra delicadas esperanças.

Então, decide partir e levar a vida consigo



A morte sabe ser impulsiva. Imponderável.

Arrasta a vida na marra. No susto. Do nada. De tudo.

Vai deixando uma trilha de lágrimas perdidas num turbilhão de questionamentos.

A busca da compreensão para o que é simplesmente por ser.


Não cabe análise.

Cadeira. Mesa. Copo.

Qual o por que desses nomes?

Porque vida e morte não cabem numa resposta.



Em 14/09/2011









Em 14/09/2011

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