>> 23 de ago. de 2009
Prá tudo há de haver um limite. Sempre ouvi isso. De um tempo prá cá passei a acreditar profundamente nisso. Limites internos - tão delicados e dolorosos. Limites pela vida afora... incontroláveis.
O que será que incomoda mais? Sentir nossas incapacidades tão íntimas quanto nossos suspiros? Ou perceber a completa indiferença desrespeitosa e vergonhosa dos que têm tudo na mão, mas ainda querem nossos pulmões e olhos?
Fazer política neste país é como colocar seres ingênuos e indefesos num curral e entupi-los de uma gororoba envenenada de vazio. A porção diária de alimento dos que não tem o que comer é o escarro dos que conduzem o país com o cuidado de quem entope uma latrina que não é sua.
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