Casamento Gay

>> 18 de jul. de 2010


A preocupação com o tipo de vida que o outro leva dentro de sua casa, de seu quarto, de sua própria existência não pode interessar tanto a ponto de ultrapassar o senso de humanidade. Se interessa é porque nossa noção de viver está deturpada. Esse desequilíbrio é diretamente proporcional ao vazio que carregamos no peito. Voltar esses mesmos olhares críticos para as crianças estupradas, vítimas de abusos dentro e fora de casa, da igreja, da comunidade... para os casais que se surram e que vendem e matam sua própria família, para mulheres submissas que aceitam situações ultrajantes entendendo como se normais fossem, para idosos desamparados, para humanos jogados às ruas e às armas, lançados às drogas, para políticos canalhas que nos afrontam moral e civilmente há décadas e décadas... isso sim seria um sinal de desenvolvimento voltado para o que verdadeiramente somos. Talvez nos preocupar com a vida do outro seja mais fácil e menos corajoso do que nos envolver com a verdadeira evolução da sociedade. Exigiria muita força e grandeza olharmos para o que realmente importa: o bem estar de todos. Livres da canalhice de políticos, da corrupção de policiais, da brutalidade de criminosos, da insensibilidade de autoridades que fingem não ter o que fazer sobre a saúde pública, o saneamento básico, a subexistência do meio ambiente, o colapso da educação, o pouco caso que se instituiu no serviço público. Se voltássemos nossos olhares ao amor estaríamos infinitamente melhores... pois então, que seja! Viva o amor! Em todas as suas formas! De todas as maneiras! "Qualquer maneira de amor vale a pena.. qualquer maneira de amor, vale amar!". O respeito pelo amor deve ser mais forte que o interesse medíocre sobre a vida particular do outro. Porque enquanto não o for não enxergaremos além de nós mesmos.
Respeito! Pelo outro. Pelo amor. Pela vida.
Viva a Argentina!

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